Tradução de João Victor Uzer, revisão de Icles Rodrigues.
Esta é a tradução de uma crítica feita por Robert Paxton (em 2010) ao livro Liberal Fascism de Jonah Goldberg, publicado em 2008 pela editora Doubleday [No Brasil: Fascismo de Esquerda. Editora Record 2009]. Portanto, uma tradução literal seria “Fascismo Liberal”, no entanto, como é apontado por Paxton no decorrer do texto, o conceito de Liberalismo é amplamente discutido e recebe diferentes significadas em contextos diferentes. Nos Estado Unidos – país de origem tanto da obra quanto da crítica – o termo é frequentemente associado à esquerda. Por outro lado, no Brasil, o termo é diretamente associado ao liberalismo econômico e ao livre mercado. Além, temos a aplicação de um “liberalismo clássico” alinhado aos pensamentos de Alexis de Tocqueville ou Adam Smith, por exemplo. Sendo assim, para aproximar o texto do publico brasileiro e evitar confusões, adotamos uma adaptação do termo “liberal” empregado nos Estados Unidos, para “Esquerda”, “progressistas” ou “esquerdistas”, entre outros que – no Brasil – são associados à esquerda. O texto original pode ser lido clicando aqui. Robert Paxton é professor emérito de história na Universidade de Colúmbia. Seu último livro é Anatomy of Fascism (Vintage, 2005) [No Brasil: Anatomia do Fascismo, Paz e Terra, 2007]
Jonah Goldberg nos diz que escreveu este livro [Liberal Fascism. No Brasil Fascismo de Esquerda] para empatar o jogo. A Esquerda começou “insistindo que o conservadorismo tem conexões com o fascismo” (p. 22). Os conservadores “ficam estupefatos com a maldade da calúnia” (p. 1). “a esquerda empunha o termo fascismo como uma clava” (p. 3). Então Jonah Goldberg decidiu que é hora de virar a mesa e mostrar que “o armário da esquerda tem seus próprios esqueletos” (p. 22). Depois de anos sendo “chamado de fascista e nazista por presunçosos esquerdistas que não sabem nada”, ele decide que “responder a essa calúnia é um privilégio pessoal” (p. 392).
Sentir-se vítima é maravilhosamente libertador. Qualquer coisa vale. Então, Jonah Goldberg faz tudo que pode para mostrar que o fascismo “não é, de forma alguma, um fenômeno de direita. É, e sempre foi, um fenômeno da esquerda” (p. 7). O leitor percebe imediatamente que Goldberg gosta de colocar coisas em caixas rígidas: direita e esquerda, conservador e progressista, fascista e não-fascista. Ele não deixa espaço para complexidades como convergências, meio termos ou evolução ao longo do tempo. Assim, o Padre Coughlin sempre foi um homem de esquerda, e também Mussolini (Giacomo Matteotti ou os irmãos Rosselli, líderes da esquerda italiana que Mussolini assassinara, ficariam escandalizados com essa visão). A simples menção a uma “terceira via” imediatamente coloca alguém na caixa fascista.
Isso é muito ruim, porque realmente há um tópico aqui. O fascismo – um retardatário político que adaptou o antissocialismo a um eleitorado de massa, usando meios que muitas vezes não deviam ao conservadorismo – atraiu tanto a direita quanto a esquerda, e tentou transcender essa divisão marcada para construir uma comunidade nacional purificada, revigorada e expansionista. Uma análise minuciosa do que o fascismo tirou de todos os quadrantes do espectro político seria um projeto valioso. Não é o projeto de Jonah Goldberg.
O fato é que Goldberg quer anexar um epíteto difamatório aos progressistas e à esquerda, para “colocar a camisa marrom nos [seus] oponentes”, como ele acusa a esquerda de fazer (p. 392). Ele realiza essa tarefa com um aparato massivo de citações e referências acadêmicas. Mas a pesquisa de Goldberg por referências não foi um esforço igualitário, uma busca imparcial por compreensão, seguindo as melhores evidências de maneira plena e mente aberta para onde quer que elas pudessem levar. Ele escolhe seus dados acadêmicos seletivamente e, às vezes, enganosamente a serviço de sua demonstração.
Jonah Goldberg sabe que fazer dos Progressistas, Woodrow Wilson, Theodore Roosevelt e FDR [Franklin Delano Roosevelt] os criadores de um fascismo americano – na verdade, o único fascismo americano, pois George Lincoln Rockwell e outros manifestantes americanos fascistas ou nazistas estão totalmente ausentes do seu livro – é um exagero, então ele criou uma nova caixa: o Fascismo de Esquerda. Os progressistas e seus herdeiros que queriam usar o governo para corrigir males sociais e econômicos, e que, na visão de Goldberg, criaram um fascismo americano, agiram com boas intenções, raramente usaram violência e nada tinham a ver com Auschwitz. Mesmo assim, eles compartilham uma hereditariedade intelectual e um conjunto de objetivos comuns com os fascistas europeus. Então eles entram na caixa “Fascistas de esquerda”.
Este “Fascismo de Esquerda” é um oximoro, é claro. Um fascismo que não pretende causar nenhum dano é uma contradição em termos. Fascistas autênticos pretendem prejudicar aqueles que eles definem como inimigos internos e externos da nação. Alguém que não pretende prejudicar seus inimigos, e que não sente prazer em fazer isso violentamente, não é realmente fascista.
Mas os problemas vão muito mais além. Encaixar a esquerda e o fascismo juntos exige distorcer ambos os termos. Não ajuda que estes sejam dois dos termos mais problemáticos no léxico político. [Reconhece-se que Goldberg está ciente de que o termo “liberal” foi corrompido no uso americano contemporâneo. Deveria significar (e ainda significa no resto do mundo) uma oposição de princípio à interferência estatal na economia, de Adam Smith a Ronald Reagan. Goldberg às vezes se refere ao “liberalismo clássico” nesse sentido e com aprovação. Infelizmente, ele rendeu-se ao desleixado uso americano atual no qual “liberal” significa, normalmente de forma pejorativa, todos os vários componentes da esquerda, de anarquistas e marxistas a moderados democratas.][1]
Goldberg estereotipa a esquerda para torná-la abstrata, uniforme e robótica. A frase reveladora é “A esquerda diz” ou “A esquerda pensa” (na sua maior parte sem citar ou referenciar ninguém). Por exemplo, “A esquerda … afirma” que a economia de livre mercado é fascista (p. 22). Poderíamos, por favor, ter alguns exemplos da “esquerda” que dizem isso? É um espantalho, assim como a vasta “mente esquerdista” fantasmagórica que soa como uma realidade física: “o fascismo, destituído da palavra, perdura na mente esquerdista” (p. 161). Será que essa mente da esquerda tem um número de telefone, como Henry Kissinger famosamente falou a respeito União Europeia?
Essa “mente esquerdista” é uma tenda muito grande. Goldberg acredita que os reformistas moderados estão essencialmente envolvidos no mesmo projeto que os ativistas radicais. Bernardine Dohrn, Mark Rudd, Al Gore e Hillary Clinton estão todos dedicados, de uma forma ou de outra, ao projeto supostamente fascista de tomar medidas para criar um mundo melhor.
Goldberg certifica-se de que entendemos que força e violência são parte integrante desse projeto “da esquerda” de ação estatal para melhorar a sociedade. O terror de Robespierre inicia o “liberalismo”[2] nesse sentido, e Goldberg atribui a ele cinquenta mil mortes fantasiosas (o consenso acadêmico é de 12.000, o que já é bastante ruim). Mais tarde, ele passa muito tempo com os piores excessos do radicalismo dos anos 1960, como se os meteorologistas e Hillary Clinton, juntos, buscassem uma nova comunidade.
O fascismo recebe uma definição igualmente ampla: é qualquer uso do poder do Estado para tornar o mundo melhor e criar uma comunidade. Isso não é apenas muito vago, pra dizer o mínimo, é simplesmente errado. Os fascistas autênticos não querem melhorar o mundo inteiro. Como nacionalistas intransigentes, eles querem tornar seu próprio grupo mais forte, mais puro e mais unificado, e estabelecer seu domínio sobre os grupos inferiores, pela força, se necessário. O verdadeiro alvo de Goldberg é o ativismo estatal, e os assuntos seriam muito mais claros se ele tivesse se limitado a isso.
Anunciando a história violenta da “esquerda”, Goldberg suaviza os fascistas, especialmente Mussolini. Existem as rituais referências a Auschwitz, mas ele nega que o extermínio racial seja parte integrante do nazismo, observando quantos reformadores progressistas se apaixonaram pela eugenia no início do século XX. Seu Mussolini – esse “homem da esquerda” ao longo da vida – é visto em grande parte através dos olhos de seus muitos admiradores americanos tolos. Che Guevara matou mais pessoas do que Mussolini, afirma (p. 194). Isso só é possível se deixarmos de lado o assassinato de mais de mil cidadãos italianos pela milícia que levou Mussolini à beira do poder em 1922, ou do uso de gases venenosos pelos italianos, deslocamento forçado para campos e ataques aéreos contra as populações da Líbia e da Etiópia.
Goldberg simplesmente omite as partes da história do fascismo que não se encaixam em sua demonstração. Seu método é examinar a retórica fascista, mas ignora como os movimentos fascistas funcionavam na prática. Desde que os nazistas recrutaram sua primeira massa de seguidores entre os econômica e socialmente prejudicados da Alemanha de Weimar, eles podiam soar anticapitalistas no começo. Goldberg faz dos primeiros programas dos partidos nazista e fascista italiano uma grande coisa, e publica os vinte e cinco pontos nazistas como um apêndice. Um olhar mais atento mostraria que o anticapitalismo dos nazistas era um assunto seletivo, oposto ao capital internacional e capital financeiro, lojas de departamentos e negócios judaicos, mas em nenhum lugar contrário à propriedade privada per se ou favorável a uma transferência de todos os meios de produção à propriedade pública.
Um exame ainda mais detalhado de como os partidos fascistas conquistaram o poder, e depois o exerceram, mostraria quão pouco esses primeiros programas correspondiam à prática fascista. Mussolini adquiriu apoio poderoso ao contratar sua milícia dos camisas pretas para a destruição dos sindicatos e partidos socialistas e comunistas. Eles destruíram as organizações de trabalhadores agrícolas no Vale do Pó em 1921-1922 com violentos ataques noturnos que, de fato, fizeram deles o governo do nordeste da Itália. Os camisas marrons de Hitler lutaram contra os comunistas pelo controle das ruas de Berlim e afirmaram ser o melhor baluarte da Alemanha contra a ameaça revolucionária que ainda parecia crescer em 1932. Goldberg prefere as abstrações da retórica a toda essa história, notando apenas que o fascismo e o comunismo eram “rivais”. Assim, seus leitores não aprenderão nada sobre como os nazistas e os fascistas italianos assumiram o poder ou o exerceram.
Os dois líderes fascistas obtiveram o poder não por eleição nem por golpe, mas por convite do presidente alemão Hindenburg e seus conselheiros, e pelo rei italiano Victor Emanuel III e seus conselheiros (não havia nenhum esquerdista entre eles). Os dois chefes de estado queriam aproveitar os números e energia dos fascistas para o seu próprio projeto de bloquear os marxistas, se possível com amplo apoio popular. Isso não significa que o fascismo e o conservadorismo sejam idênticos (não são), mas historicamente encontraram interesses essenciais em comum.
Uma vez no poder, os dois líderes fascistas construíram uma relação frutífera, embora por vezes contenciosa, com os negócios. Os negócios alemães estavam, como observa corretamente Goldberg, desconfiados da antiga retórica populista de Hitler. Ele certamente não era a primeira escolha como chefe de Estado, e muitos deles preferiam uma economia comercial a uma autárquica. Dadas as suas opções da vida real em 1933, a economia regulamentada nazista parecia um mal menor do que a depressão econômica e a intransigência operária que conheciam sob Weimar. Eles ficaram encantados quando Hitler pôs fim aos sindicatos independentes e ao direito de greve (não mencionado por Goldberg), e lucraram enormemente com seu impulso de rearmamento. Todos eles teriam achado ridícula a ideia de que os nazistas, uma vez no poder, estavam à esquerda. O mesmo aconteceria com os líderes socialistas e comunistas que foram os primeiros habitantes dos campos de concentração nazistas (não mencionados por Goldberg).
No caso italiano, Goldberg de alguma forma imagina que o corporativismo tão alardeado por Mussolini era um dispositivo para sujeitar os empresários ao controle total do estado. Acadêmicos que analisaram a maneira como o corporativismo realmente funcionava concluíram que os empresários italianos simplesmente administravam a economia por meio das agências corporativistas que dominavam com facilidade. O corporativismo – a administração de uma economia por comitês conjuntos de empresários, representantes trabalhistas e funcionários do governo que organizam a economia setor a setor, para enfatizar os interesses comuns em detrimento das diferenças de classe – funciona de maneira bem diferente, é claro, sob diferentes regimes. No caso fascista italiano, bem diferente do New Deal, os representantes trabalhistas foram, no final, excluídos de qualquer papel significativo.
Tendo criado estereótipos distorcidos de “esquerda” e “fascismo”, Goldberg os aproxima por uma série de projetos semelhantes, como campanhas contra o tabagismo (foram os médicos nazistas que estabeleceram a ligação entre tabagismo e câncer, e Hitler era um fanático anti-cigarro). Essas semelhanças dizem respeito a questões periféricas. As qualidades fundamentais que separam a esquerda progressista do fascismo simplesmente desaparecem da análise: pluralismo político versus partido único; valores universais versus a supremacia de uma raça superior; eleições versus liderança carismática; exaltação fascista de sentimentos sobre a razão.
Goldberg realmente desenterrou muitos esqueletos no armário da esquerda, como a moda de Eugenia. Algumas violações dos direitos humanos, como no governo de guerra. Outros são o trabalho de radicais de esquerda que faziam guerra aos progressistas, os odiavam e não tinham lugar em uma análise da esquerda devidamente entendida.
Este livro é recheado de referências a trabalhos acadêmicos que o fazem parecer autêntico. Mas quando algo realmente surpreendente surge, procuramos em vão uma nota de rodapé. Hitler realmente escreveu uma carta de fã para aquele judeu plutocrata FDR em 1935? Nenhuma nota de rodapé. Como sabemos que o New Dealer Hugh Johnson leu folhetos fascistas e com qual finalidade (p. 156)? E que FDR colocou cem mil cidadãos americanos em campos (p. 160)? Ele se refere ao C.C.C.?[3] Em que sentido a “desconstrução” era uma cunhagem nazista (p. 173)? Goldberg provavelmente se refere a Heidegger, mas ele quer que pensemos em Goebbels. Exatamente quais proponentes de ações afirmativas alegaram que seus oponentes estavam em uma pista escorregadia para a Alemanha nazista e o Holocausto, e com que palavras (p. 243)? Precisamente onde e quando Al Gore disse que o aquecimento global é equivalente ao Holocausto e quais foram suas palavras reais (p. 314)? A lista de comentários bombásticos contrabandeados para este texto sem qualquer referência a uma fonte credível poderia continuar indefinidamente.
Goldberg sequestra trabalhos acadêmicos e os aplica de maneira enganosa para seus próprios fins. Henry Ashby Turner, Jr., mostrou conclusivamente que os empresários alemães eram frequentemente céticos em relação a Hitler nos primeiros dias. Desde que eles deram dinheiro a todos os partidos não-socialistas, as pequenas quantias que deram aos nazistas não provam nada. Mas o livro de Turner termina em janeiro de 1933. Goldberg aplica as suas conclusões no período posterior, ignorando a forma como os empresários alemães se ajustaram à nova situação. David Schoenbaum usa o título Revolução Social de Hitler no seu livro ironicamente: Hitler recrutou todos os prejudicados nas crises da Alemanha na década de 1920 e depois os traiu seguindo políticas favoráveis aos grandes negócios e à agricultura depois de janeiro de 1933. Goldberg se apropria da primeira parte do livro para apoiar sua fantástica conclusão que Hitler sempre foi “um homem de esquerda”.
Jonah Goldberg às vezes parece docemente razoável. A esquerda deseja o bem, ela não está nos levando para Auschwitz. A filiação é intelectual, não é uma questão de identidade exata. O fascismo assume uma forma diferente em cada cenário nacional (muito verdadeiro) e toma uma “forma mais suave” (p. 391) nos Estados Unidos. Então ele deixa cair a máscara e segue vociferando. Nos títulos e subtítulos dos capítulos – as partes que os leitores casuais vão lembrar – a esquerda é fascista e ponto. Por exemplo: “O New Deal fascista de Franklin Roosevelt” (p. 121); “A Grande Sociedade: A Utopia Fascista de LBJ [Lyndon Barry Johnson]” (p. 329), e assim por diante.
Enquanto Goldberg é razoavelmente cuidadoso com nomes, datas e citações, seus julgamentos mais gerais geralmente dão errado. Não é verdade que “a extrema esquerda não teve quase nada a dizer sobre o fascismo italiano durante a maior parte de sua primeira década” (p. 30). A Terceira Internacional diagnosticou o fascismo imediatamente, desajeitadamente, como agente do capitalismo. As eleições italianas de 1924 não foram “razoavelmente justas” (p. 50), pois de acordo com a Lei Eleitoral Acerbo, aprovada por insistência fascista, o partido líder receberia automaticamente dois terços dos assentos parlamentares. Não é verdade que a Alemanha gastou relativamente pouco em armamentos nos primeiros anos; eles gastaram o quanto puderam sob o Tratado de Versalhes e depois organizaram secretamente treinamento adicional e desenvolvimento de armas na União Soviética (p. 151), um ponto que deveria se adequar a Goldberg muito bem. Hitler nunca fez campanha na caçamba de uma velha picape (p. 289).
Jonah Goldberg não nos diz muito sobre suas próprias crenças, exceto que ele ama a América. Mas é claro que ele habita um mundo onde o único perigo sério para o bem-estar individual e nacional é o Estado. Nenhuma corporação desonesta, nenhum motorista bêbado, nenhuma fábrica poluente, nenhum lobby bem financiado nos ameaça, apenas o Estado. Qualquer coisa que aumente o poder e o alcance do Estado é ruim, até mesmo o “conservadorismo compassivo” de George W. Bush.
Se você estiver procurando por tijolos para atacar democratas, reformadores, ambientalistas e outros benfeitores, você apreciará este livro. Se você estiver procurando por alguns argumentos fundamentados sobre a política do nosso tempo, encontrará tanto a esquerda quanto o fascismo grosseiramente distorcidos neste tratado.
Notas
[1] Ver nota introdutória do texto.
[2] Ver nota introdutória do texto.
[3] C.C.C. é uma sigla para o “Civilian Conservation Corps”, um programa governamental que esteve em vigor entre 1933 e 1942 nos Estados Unidos, voltado a homens desempregados e solteiros. Foi parte do New Deal, com o objetivo de oferecer empregos manuais de baixa qualificação relacionados à conservação e desenvolvimento de recursos naturais em áreas rurais de propriedade do Governo Federal e dos governos estaduais e locais.