Salve, espectadores! Para quem acompanha nosso canal há algum tempo ou é parte da academia na área de História no Brasil, esta breve postagem provavelmente não trará nenhuma grande novidade, mas vale a tentativa de passar adiante informações sobre essas três obras que figuram no hall de importantes adições às bibliotecas de acadêmicos Brasil afora. Se você não conhece nenhuma das três, já passou da hora de conhecê-las, e esse texto fará o trabalho de apresentá-las a você.

Tratam-se de três livros lançados pela Editora Contexto, mais precisamente Fontes históricas, O historiador e suas fontes Possibilidades de pesquisa em História, lançados respectivamente em 2005, 2009 e 2017.

O primeiro deles foi organizado pela historiadora Carla B. Pinsky, e trazia um time de acadêmicos de renome no meio nacional para falar de fontes sobre os quais estes estavam acostumados a pesquisar. Entre seus capítulos estavam Uso e mau uso dos arquivos, de Carlos Bacellar (sobre fontes arquivísticas), Os historiadores e a cultura material, de Pedro Paulo Funari (sobre fontes arqueológicas), História dos, nos e por meio dos periódicos, de Tania Regina de Luca, Histórias dentro da História, de Verena Alberti, sobre fontes orais, e A história depois do papel, de Marcos Napolitano (sobre músicas, cinema e TV como fonte).

O livro foi bem sucedido, e em questão de poucos anos foi necessária uma nova obra para acompanhar a primeira, haja vista que muitas fontes consolidadas na pesquisa em história ainda precisavam dar as caras. Foi aí que, em 2009, foi lançado O historiador e suas fontes, ainda organizado com Carla B. Pinsky, mas também por Tania Regina de Luca.

Uma vez mais, diversos professores de conhecida envergadura foram convidados a escrever sobre os materiais de trabalho dos historiadores. Nele, encontramos capítulos como Usos sociais e historiográficos de Solange F. de Lima e Vânia C. de Carvalho (sobre fotografias como fonte), A fonte fecunda, de Antonio Celso Ferreira (sobre literatura), A história nos porões dos arquivos judiciários, de Keila Grinberg (sobre processos criminais), Fontes sensíveis da história recente, de Caroline S. Bauer e René E. Gertz (sobre arquivos de regimes repressivos) e Narrador, registro e arquivo, de Teresa Malatian (sobre cartas como fontes).

Já o último deles foi lançado em 2017 e organizado por Rogério Rosa Rodrigues, e se chama Possibilidades de pesquisa em História. Dessa vez o desafio era fazer uma coletânea que fosse academicamente relevante depois que as duas obras anteriores deram conta de quase todas as principais fontes usadas pelos historiadores. Sobre o que falar nesse novo livro?

A ideia foi juntar um time de profissionais que falasse sobre fontes ainda pouco exploradas. Alguns dos capítulos que você encontra nele são As fichas consulares de estrangeiros no site FamilySearch, de Bruno Leal, Manuais didáticos, de Rogério Rosa Rodrigues, Charges, de Vinícius Liebel, Prontuários de instituições de confinamento, de Fernando Salla e Viviane Borges, Percursos teóricos e metodológicos dos estudos sobre HQs na Argentina e Brasil, de Laura Vazquez e Conceição Pires, O monumento para uma história da guerra moderna, de Sílvia Correia e Os blogs sob o olhar do historiador, de Márcia R. de Oliveira e Patrícia C. Mucelin.

Se este último apela para um leque de fontes menos convencional, por outro lado faz jus ao seu título e apresenta possibilidades que muitos historiadores podem achar pouco prolíficas, ou mesmo desconhecer por completo. Sobre ele, inclusive, fizemos um vídeo que você pode acessar clicando neste link.

Os três livros permanecem disponíveis no mercado editorial brasileiro, algo facilitado pelo fato de ser uma obra 100% nacional. Se você precisa começar a estudar qualquer uma das muitas fontes presentes nesse livro (nem todas citadas nesse texto), estes livros são uma excelente aquisição.